Domingos Castro apresentou, na manhã desta terça-feira (23 de abril), a candidatura à Federação Portuguesa de Atletismo na tribuna de honra do Estádio Nacional. A cerimónia contou com a presença de alguns notáveis, entre eles vários ex-atletas, como o irmão Dionísio Castro, Sara Moreira, Paulo Guerra, Carla Sacramento, Francis Obikwelu, entre outros.

Em declarações à Pro Runners Magazine, Domingos Castro falou das expectativas que tem na sua candidatura e das propostas que tem para os Clubes e Associações de Atletismo.

"Em primeiro lugar, temos que criar cada vez mais condições para os atletas. Porque o verdadeiro artista é o atleta. Se não houver atletas, não há associações, não há federação, não há nada. Isso é a primeira preocupação. É estar perto deles, saber quais são os seus problemas, as suas dificuldades e criar condições para que realmente eles consigam ainda ser melhores. Depois há de ter uma atenção também aos clubes, porque muitas vezes os clubes sentem-se esquecidos. E se não são os clubes, também não há atletas. Hoje o nosso atletismo está a virar muito para um atletismo de rua. Temos milhares e milhares de pessoas a correr na rua e não são federados, por exemplo, e há essa preocupação. Por outro lado, a Federação tem que ter uma atenção muito especial às associações. As associações vivem com muita dificuldade e por isso temos que arranjar financiamento para ajudar as associações para que essas ajudem os clubes e os clubes os seus atletas”, começou por dizer o candidato à FPA, que falou ainda do desporto escolar como uma prioridade no investimento da próxima direção.

"Nós agora temos dificuldades em arranjar atletas. Quando eu falei durante a minha apresentação na criação de academias, estava a falar de proporcionar a todas essas crianças tudo o que elas precisem para praticar a modalidade, em que a Federação é que vai pagar os equipamentos, os treinadores, tudo e mais alguma coisa, que é no fundo criar polos de treino em que essas crianças possam lá estar a treinar gratuitamente. E o objetivo é que dentro de um lote de uns milhares de miúdos, que alguns venham para o atletismo de alta competição e aí dar-lhe condições, porque se nós não damos condições eles rapidamente vão-se embora", concluiu.