Oito recordes nacionais estabelecidos na Maratona de Sevilha, líder mundial (2h03:27) e sexta maratona mais rápida de todos os tempos. Os portugueses também estiveram em evidência com recordes pessoais.

Sevilha recebeu, no passado domingo (18 de fevereiro), a 39.ª edição da Maratona que leva milhares de atletas à cidade espanhola. Os momentos antes da partida ser dada foram duplamente emocionantes com duas homenagens. A primeira com 42 segundos simbólicos de silêncio pelo recordista mundial da maratona Kelvin Kiptum, recentemente falecido num acidente de viação. E posteriormente, Abel Antón foi homenageado pelo 25.º aniversário da medalha de ouro conquistada no Mundial de Sevilha em 1999. Em comemoração desse título, a medalha da atual edição da Maratona de Sevilha com a qual os finalistas da corrida foram reconhecidos contém a icônica imagem de Abel Antón cruzando a linha de chegada em Sevilha, cujas ruas o melhor maratonista espanhol de todos os tempos voltou a correr neste domingo.

Corridos os 42 km, o protagonista desta vez foi o etíope Deresa Geleta Ulfata, que venceu e estabeleceu o novo recorde da prova (2h03:27), o melhor resultado mundial do ano, e tornou a prova de Sevilha a sexta maratona mais rápida de todos os tempos. O segundo classificado, o atleta francês Morhad Amdouni (2h03:47) alcançou o recorde do seu país, aproximando-se do recorde europeu (2h03:36). O pódio da prova masculina (que contou com 12 atletas abaixo das 2h08) ficou completo com o israelita Gashau Ayale, que alcançou o terceiro lugar em 2h04:53 e, no processo, um novo recorde nacional.

Além de França e Israel, o italiano Yemaneberhan Crippa, 4.º com 2h06m06; o sueco Suldan Hassan, 10.º com 2h07:36; o chileno Carlos Martín, 18.º com 2h08m04; e o macedônio Dario Ivanovski, 20.º com 2h08m26, também alcançaram os respectivos recordes nacionais.

Na categoria feminina, a etíope Azmera Gebru foi a vencedora ao terminar o percurso em 2h22m13. A hegemonia africana foi mantida, completando o pódio com as quenianas Josephine Chepkoech (2h22:38) e Magdalyne Masai (2h22:51).

Entre as dez primeiras, onde até 24 corredoras terminaram abaixo de 2h28 minutos, novos recordes nacionais para a atleta francesa Meline Rollin (7.ª, 2h24:12) e a argentina Florencia Borelli (8.ª, 2h24:18), o que, aliás, significa um novo recorde de área na América do Sul.

solange jesus

Atletas portugueses batem recordes pessoais em Sevilha

Solange Jesus e Hélio Gomes foram os melhores portugueses na Maratona de Sevilha, com ambos a obterem recordes pessoais.

A atleta do Sporting de Braga fez uma prova com o objetivo de conseguir a marca de qualificação direta para os Jogos Olímpicos e ficou a pouco mais de meio minuto desse objetivo (2h26m50s), ao cortar a meta em 2h27m30s, no 23.º lugar. Ainda assim, este é um recorde pessoal da atleta (tinha antes 2h28m15s, desde o ano passado, em Paris) que sobe ao 11.º lugar do ranking nacional de sempre.

Mas houve mais portuguesas em Sevilha. Rafaela Fonseca, campeã nacional em 2021, obteve também um recorde pessoal, cortando a meta em 51.º lugar, com a marca de 2:40.28, retirando mais de 11 minutos ao seu anterior máximo! Ainda até 3h10m chegaram Joana Barros (126.ª, com 3:08.04) e Angela Martins (129.ª, com 3:08.35).

Quanto a Hélio Gomes, o sportinguista completou agora a sua segunda maratona, terminando na 48.ª posição em 2h11m08s, melhorando em mais de quatro minutos o seu registo anterior (2:15.51, obtido em Paris, em 2023). É agora o 14.º português de sempre na distância.

Ambos confirmaram marca de acesso ao Campeonato da Europa de Roma 2024, que terá a distância de meia maratona.

Uma nota para o cabo-verdiano Samuel Freire (Vitória FC), que se estreou na distância com a marca de 2h11m01s. Até 2h26m chegaram mais dois portugueses: Roberto Ladeiras (121.º, com 2:22.30) e Edgar Matias (171.º, com 2:25.46).

Resultados completos AQUI.

Autores
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Márcia Dores