Patrícia Mamona: "Quero acabar a minha carreira nos Jogos Olímpicos
Foi nos Europeus de pista coberta de março de 2023, onde ganhou a medalha de bronze no triplo salto, que Patrícia Mamona se lesionou. Na altura, faltava um ano para os Jogos Olímpicos, mas a triplista não recuperou a tempo e falhou a presença em Paris 2024.
Afastada das competições desde então, a atleta do Sporting Clube de Portugal continua a trabalhar para recuperar a 100% e voltar às competições, desejo que ainda não tem data para acontecer.
"Quero regressar o mais rápido possível às pistas, mas quero regressar bem, não é só voltar a saltar, é saltar bem. Esta época ainda estou à procura de recuperar totalmente, para conseguir ganhar forma. A ideia é começar nas competições mais a nível nacional, e depois, se sentir que estou preparada, sigo para o panorama internacional. Mas para já não tenho nenhuma competição prevista", confessou a atleta aos jornalistas no evento "Desporto Hoje: Testar os Limites", onde foi apresentado um estudo sobre os hábitos desportivos dos portugueses.
Apesar do caminho não estar a ser fácil, a atleta de 36 anos quer acabar a carreira "em grande, nos seus próprios termos".
"Gostava de acabar a carreira nos Jogos Olímpicos de Los Angeles [em 2028]. Tenho esse objetivo, agarrei esse desafio e estou a fazer de tudo para conseguir.", vincou.
Patrícia Mamona vai ser chefe de missão da comitiva portuguesa que vai aos Jogos Mundiais Universitários, marcados para julho, e diz que essa vai ser mais uma competição em que terá de "sofrer por fora mais uma vez." No entanto, é uma preparação já a pensar no pós-carreira.
"Estes quatros anos em que eu quero acabar a minha carreira nos Jogos Olímpicos, também servem para uma transição para o pós-carreira. Já tenho alguma idade, sou veterana e é importante começar a fazer essa transição de forma gradual", referiu.
Atualmente, Patrícia diz encontrar-se "muito melhor quer a nível físico, quer mental", mas confessa: "é um percurso de altos e baixos, não vou mentir. Ainda sinto, pode dizer-se, um bocadinho de inveja boa dos meus companheiros que estão a competir, mas que me dá forças e motivação para continuar e todos os dias ir à pista. Nunca tinha tido uma lesão grave. As lesões fazem parte do desporto e saber gerir esse tipo de emoções negativas é muito importante. E tem sido um carrossel. Mas tenho tido muita ajuda, não só a nível familiar, também a nível profissional, com a minha equipa técnica, com o psicólogo, o grupo de treino que tem sido espetacular a motivar-me para voltar a treinar e, eventualmente, a competir. Porque quero decidir quando é que acabarei a minha carreira e quero acabar a competir."