A Direção da Associação Portuguesa de Organizadores de Provas de Atletismo (APOPA) emitiu um comunicado sobre as recentes diligências tomadas em defesa da sustentabilidade e legalidade do atletismo em Portugal.

Pode ler-se:

"Após um longo período de negociações, que incluiu inúmeras reuniões e tentativas de consenso junto das entidades competentes, a APOPA lamenta informar que não foi possível alcançar um entendimento viável relativo aos novos regulamentos e respetivas taxas propostas.

Os Motivos da nossa Posição

A APOPA fundamenta a sua oposição em dois pilares essenciais:

1. Ilegalidade das Taxas: Após análise jurídica detalhada, consideramos que a estrutura e aplicação das taxas apresentadas carecem de base legal sólida, configurando um peso desproporcional sobre os organizadores.

2. Sustentabilidade da Modalidade: A entrada em vigor destes valores colocaria em risco a viabilidade de inúmeras provas de norte a sul do país, prejudicando diretamente o acesso dos atletas à competição e o investimento dos organizadores.

Recurso à Via Judicial

Face à intransigência encontrada e à iminência da aplicação de normas que consideramos lesivas, a
Direção da APOPA viu-se "obrigada" a interpor uma Providência Cautelar para impedir a entrada em
vigor destes regulamentos.

Esta decisão não foi tomada de ânimo leve. É, no entanto, a única via restantes para garantir que:
• Os direitos dos organizadores sejam respeitados;
• Os atletas não sejam sobrecarregados com custos indiretos;
• O desporto continue a ser promovido com base na transparência e na lei.

Compromisso Futuro

A APOPA reitera que o seu objetivo principal é o crescimento do atletismo. Continuamos disponíveis
para o diálogo, desde que este assente em pressupostos de legalidade, equidade e respeito por todos
os agentes envolvidos no fenómeno desportivo.

Agradecemos a confiança de todos os nossos associados e atletas neste momento decisivo para o
futuro da nossa modalidade"