A Área Metropolitana de Lisboa organizou um seminário internacional na sexta-feira, em Almada.

Perante uma plateia de 60 participantes e de mais cerca de 70 que estiveram ligadas no Canal Youtube, foram vários os especialistas nacionais e internacionais a partilhar os seus conhecimentos sobre boas práticas em modelos de organização e elaboração de sistemas de informação na área do desporto e da actividade física.

Joao Couvaneiro, vice-presidente C.M. Almada, realçou a importância do Observatório do Desporto e da Actividade Física da AML: “uma importante estrutura para os municípios que nela participam e que através dela sentem que podem governar melhor as populações para que trabalham”. O Observatório será, nas palavras de João Couvaneiro, um “instrumento essencial para a promoção da nossa cultura desportiva”. Na sessão de abertura, Sónia Paixão, vice-presidente do Instituto Português do Desporto e da Juventude, abordou a trajetória que o Instituto tem vindo a prosseguir nos últimos anos em matéria de desporto e de actividade física. Sónia Paixão referiu-se ainda ao Observatório, destacando a relevância do mesmo no “desenvolvimento de políticas públicas integradas, que minimizem as dificuldades que habitualmente se encontram na recolha de informação a este nível” e que, por isso, “a cooperação entre as todas as instituições será um elemento-chave para o sucesso deste projecto”.

A anteceder a apresentação pública do seminário, o secretário metropolitano da Área Metropolitana de Lisboa, João Pedro Domingues, fez uma abordagem ao desenvolvimento do observatório, que foi resultado “de uma vontade inequívoca da Área Metropolitana de Lisboa, uma vontade de construir pontes, de reunir sinergias, de potenciar talentos e de juntar pessoas. De fazer mais, de aprendermos uns com os outros, de sermos melhores”. Para a Área Metropolitana de Lisboa o observatório é mais que apenas um ponto de chegada, fruto do trabalho de uma vasta equipa que acreditou e que acredita neste projecto. É sobretudo, na visão de João Pedro Domingues, “um ponto de partida, que nos vai permitir chegar mais longe e com mais preparação, percebendo melhor as potencialidades das nossas instalações e do nosso território,conhecendo melhor quem está no terreno, suprindo lacunas na oferta, disseminando boas práticas, competindo melhor”.

A apresentação do Observatório do Desporto e da actividade física da Área Metropolitana de Lisboa esteve a cargo dos professores Jorge Proença e Mário Guimarães, da Faculdade de Educação Física e Desporto da Universidade Lusófona.

Para Jorge Proença, este era um dia de festa “pelo orgulho da participação da Faculdade de Educação Física e Desporto, da Universidade Lusófona, no projecto”, acrescentando que “poucas vezes uma equipa tão dedicada trabalhou tanto, tão dedicadamente, e com tão poucos recursos financeiros”. O observatório, recorde-se, resultou de um desafio da Área Metropolitana de Lisboa e dos seus 18 municípios e foi construído com base num trabalho colaborativo. É, por isso, um instrumento ao serviço de melhores políticas para o desporto e para a actividade física em toda a região metropolitana. Ainda da parte da manhã, seguiu-se uma mesa redonda, com a participação dos municípios do Seixal – representado pelo vereador José Carlos Gomes –, Odivelas – representado pelo vereador Paulo César Teixeira –, Mafra – representado pela vereadora Célia Fernandes–, e Oeiras – representado pela Chefe de Divisão do Desporto, Carla Ribeiro –, em que foram apresentados e discutidos projectos e dinâmicas dos respectivos municípios na área desportiva.

A parte da tarde do seminário começou com a intevenção de Manuel Dias, National Technology Officer da Microsoft, a que se seguiu uma animada, e muito participada, mesa redonda, moderada por António Palmeira, da Faculdade de Educação Física e Desporto da Universidade Lusófona. Na mesa redonda participaram, por videoconferência, Nicolas Aguilar Farias, da Universidad de La Frontera, do Chile, que apresentou o International Society for Physical Activity and Health, Anna Vilanova, da Universidade da Catalunha, que nos deu a conhecer o Observatório do Desporto da Catalunha, e Marlene Silva, da Universidade Lusófona, que falou sobre o Programa Nacional para a Promoção da Actividade Física, da Direção Geral da Saúde.

O encerramento do seminário ficou a cargo do presidente do conselho metropolitano de Lisboa, Fernando Medina, e do secretário de estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo. Fernando Medina defendeu uma visão metropolitana do desporto e da actividade física “que nos deve comprometer com mais cooperação, com a construção de um território sem fronteiras, e com a ambição de criar mais sinergias, para que possamos acolher mais e melhores eventos, mas também ter melhores equipamentos ao serviço da população”. O presidente do conselho metropolitano de Lisboa rematou a intervenção reiterando o compromisso e o empenho da Área Metropolitana de Lisboa em “criar mais e melhores condições para favorecer o aumento da prática desportiva de todos os seus munícipes, em parceria com os seus clubes, associações e colectividades”.

João Paulo Rebelo, por sua vez, enalteceu o papel do Observatório do Desporto e da Actividade Física da Área Metropolitana de Lisboa “que procura criar melhores condições para que todos possamos cumprir a nossa missão”, acrescentando que este novo instrumento “está perfeitamente alinhado com a orientação do governo, porque queremos conhecer melhor, e ter melhores sistemas de análise de dados que nos permitam fazer o que todos os dias fazemos, que é decidir com base em conhecimento”.

O Observatório do Desporto e da Actividade Física da Área Metropolitana de Lisboa está em funcionamento desde 28 de Maio, e pode ser consultado AQUI.

PR