As sapatilhas com placa de carbono são já uma realidade incontornável na corrida, mas poucas são as marcas que têm conseguido beliscar a hegemonia e qualidade da Nike neste campo… Até aparecerem as Endorphin Pro da Saucony, que conhecem agora a segunda versão. E que concorrência!
Para analisar as sapatilhas sabia que havia pelo menos três testes onde tinha que as colocar: um longo em ritmo de prova, um treino de séries e um fartlek em percurso com curvas acentuadas. Comecei pelo fartlek, uma vez que a grande lacuna da maioria das sapatilhas de prova – e especialmente das com placa de carbono – é a instabilidade lateral. Não só as Endorphin Pro 2 superaram o desafio, como me surpreenderam como poucas sapatilhas me têm surpreendido!
Desde o meio do pé ao calcanhar, a instabilidade típica de sapatilhas com a sola mais elevada e espuma reactiva foi praticamente inexistente, apesar de obrigar a um controlo maior nas mudanças de direcção.
O teste seguinte foi o clássico treino longo, de 25km, onde queria perceber como se batiam as Pro 2 com a concorrência.
É sabido que as sapatilhas com placa de carbono não se compadecem com ritmos baixos, só se conseguindo tirar rendimento, normalmente, a partir de ritmos próximos dos 4:00/km. E foi aqui que as Endorphin Pro 2 voltaram a surpreender. Desde muito cedo que a placa de carbono e a tecnologia Speed Roll – aquele desenho arqueado da sola, estilo rocker – disseram presente e os ritmos que o relógio mostrava deixaram de corresponder à sensação de corrida.
A ritmos a rondar os 5:00/km havia já um pé nervoso, sempre a pedir mais velocidade, e a correr a 4:00/km parecia que ia a velocidades bastante mais baixas, batendo-se claramente com as melhores propostas da concorrência, deixando mesmo a maioria do que já experimentei no espelho retrovisor. Ficou claramente a vontade de fazer uma maratona para as espremer ao máximo!
Por fim vinha o derradeiro teste: séries em pista, onde a velocidade alta ia permitir perceber todo o alcance das Endorphin Pro 2 e tirar as teimas finais nas curvas. Quanto mais se assumia um ritmo próximo dos 3:30/km, mais elas pareciam querer ir além! Tive mesmo que tirar a música para me concentrar na sinfonia perfeita de corrida que dali vinha. A sola rocker e a placa a empurrar, com um pop incrível a cada passada, pulverizaram todas as expectativas que pudéssemos ter.
Em resumo: umas sapatilhas rápidas, estáveis q.b. para o estilo, confortáveis e com uma sola de luxo, que é suave sem perder a firmeza, reactiva e nos faz sentir uma orquestra bem afinada nos pés. A concorrência vai ter que trabalhar forte para fazer frente a umas sapatilhas mais estáveis que as Vaporfly Next 2 e mais rápidas que as Carbon X.
E já falámos das cores fantásticas? A Saucony sempre foi forte neste campo, mas agora excedeu-se.
Agora venha uma maratona, que é com as Pro 2 que vai sair a primeira sub três horas.
A PRO RUNNERS também testou o modelo Saucony Endorphin Speed 2, leia o «review» completo AQUI.
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