Este domingo a Pro Runners Magazine juntou-se ao movimento global solidário «Wings for Life World Run», com uma equipa de 16 participantes.

A corrida global bateu recordes de participação, com 184,236 participantes, dos quais 837 em cadeira de rodas, todos a correr por uma causa solidária, com a participação da Pro Runners Magazine, que desde logo se associou a este projecto. 

IMG_20210510_115507Pro Runners Magazine Portugal Team

Sob o lema «Correr por quem não pode», esta é uma corrida virtual solidária cujo valor angariado reverte na totalidade para a investigação da cura de lesões na espinal medula. Por todo o mundo, à mesma hora, os atletas correram ligados a uma aplicação de telemóvel, numa prova sem meta, onde o final era determinado por um «carro virtual». Este carro saía trinta minutos depois da hora de partida - que em Portugal foi ao meio dia - e ia aumentando progressivamente a velocidade até apanhar todos os atletas em prova no mundo, sendo o último o vencedor. portugal 02

Alinharam pela Pro Runners Magazine Portugal Team um total de 16 atletas que, no conjunto, correram e andaram perto de 50 quilómetros. Alguns optaram por fazê-lo na zona do Parque das Nações, em Lisboa, como o Director da revista, para quem esta foi “uma corrida diferente, em virtude do que estamos habituados. Contámos, antes e durante a corrida, com a companhia de uma aplicação super dinâmica e motivadora, que nos foi dando ânimo a cada quilómetro percorrido. Enquanto corri, tinha uma voz no meu ouvido que me ia a apoiar, a dizer a distância feita, a puxar por mim, até ser apanhado. Foi muito giro!”. João Viegas conseguiu correr pouco mais de meia maratona, “numa corrida feita em ritmo de treino, porque ainda estava ressentido do trail camp da semana passada, no Gerês, por isso fui em ritmo de passeio, com os meus amigos”, garante, salientando a “importância de contribuir para uma causa tão nobre como esta”.

Gonçalo Bettencourt, responsável pela organização do evento em Portugal, disse à PRO RUNNERS MAGAZINE que "o balanço é muito positivo, mesmo num período em que as pessoas ainda têm receio de sair, devido à pandemia, nota-se que já é uma iniciativa que está de pé, com muita gente em Portugal a acreditar na causa com entusiasmo". O organizador explicou ainda que a totalidade das receitas dos donativos revertem para investigação, sendo que a comunidade científica portuguesa já está envolvida na causa, recebendo também parte desta quantia. 

Vera NunesVera Nunes - 2.º lugar mundial

Em Portugal participaram cerca de 300 pessoas e a melhor em prova foi Vera Nunes, ela que já foi vencedora global em 2018, tendo este ano ficado em 2.º lugar mundial nas senhoras. Vera Nunes correu 48,51 km, num percurso entre o Montijo e Vendas Novas, ficando apenas atrás da russa Nina Zarina, que correu 60,1 km, nos Estados Unidos da América. A portuguesa disse no final estar “muito contente em relação ao resultado, pois apesar das dores que tenho sentido nas últimas semanas acabei por correr muito motivada. Para isso foi essencial o apoio do meu grupo e do meu treinador, o António Sousa. Uns foram ao meu lado, outros de bicicleta e outros seguiram-me de carro, tudo para me apoiar”. 

À nossa publicação, Gonçalo Bettencourt notou que o facto de uma das favoritas à vitória ser portuguesa tem colocado os olhos dos seguidores da Wings For Life World Run em Portugal. Desta vez, sabia-se que "Vera estava condicionada, porque fez uma maratona no 25 de Abril e ainda estava a recuperar, pelo que o título era difícil de conquistar, mas foi uma boa surpresa! Ela disputou o 2.º lugar, deixou a 3.ª classificada a cerca de 500 metros e já é uma referência na prova", conta.

SI202105091078_hires_jpeg_24bit_rgb_newsNina Zarina - Vencedora Mundial

O segundo melhor português, Fernando Pereira correu ao lado de Vera Nunes, terminando aos 47,21 km, na 67.ª posição global, 2.º lugar mundial na categoria M45. Nas redes socais, Fernando afirmou que “o objectivo inicial era ambicioso e as condições  atmosféricas levaram à escolha de um percurso menos fácil. Atingida a superação pessoal com a mais longa corrida que fiz até hoje, com um 2° lugar absoluto nacional, atrás da enorme Vera Nunes, companheira nesta aventura".

O vencedor foi, pela terceira vez consecutiva, o sueco Aron Andersson, que fez a prova em cadeira de rodas e foi «apanhado» pelo carro-meta depois de 66,8 km.

SI202105090931_newsAron Andersson - Vencedor Mundial

Este ano, foram angariados globalmente 4,1 milhões de euros para a investigação da cura de lesões na espinal medula. Desde 2014, esta iniciativa já reuniu 925 096 participantes de 195 países, com 9 034 954,4 km percorridos, tendo sido angariados 33 330 000 euros.

A Wings for Life World Run regressa para o ano, a 8 de Maio de 2022, e as inscrições já estão abertas, pode fazê-lo AQUI.

 

Autores
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Cátia Mogo